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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Prefeito de Nova York sanciona lei que eleva para 21 anos a idade para compra de cigarros

Medida que também atinge cigarrilhas e cigarros eletrônicos é a última iniciativa de Michael Bloomberg contra o tabagismo
Influência: Pesquisa estabelece relação entre exposição de jovens a anúncios publicitários de cigarro e risco de iniciação no tabagismo
Fumar vai ser mais difícil para os jovens nova-iorquinos (Thinkstock)
O prefeito Michael Bloomberg sancionou na noite de terça-feira a lei que aumenta de 18 para 21 anos a idade mínima para a compra de cigarros em Nova York. Com a medida, a cidade se tornou a primeira metrópole americana a adotar esse parâmetro de idade para o fumo. A restrição, que havia sido aprovada no final de outubro pela Câmara Municipal, inclui também cigarrilhas e cigarros eletrônicos que contêm nicotina. A norma também estabelece a proibição de descontos na venda de tabaco, estipulando preço mínimo de 10,50 dólares (cerca de 22 reais) por maço.

“As pessoas tentam colocar o tema da venda de cigarros em um contexto de empregos e prejuízos para as lojas. Eu acho isso extremamente errado. É uma questão de matar ou não as pessoas. Neste século um bilhão de pessoas vão morrer em decorrência do cigarro no mundo. E nós não queremos que esse número inclua nova-iorquinos”, disse Bloomberg, que encerra seu mandato em 1º de janeiro.
O secretário municipal de saúde, Thomas Farley, um dos defensores da lei, seguiu a mesma linha de raciocínio na cerimônia. “Essas leis ajudam a salvar vidas, todas essas leis são históricas e provocam repercussão no mundo”, disse, fazendo uma referência ao fato de que legislações anteriores da cidade, como a proibição de fumo em bares, foram copiadas mundo afora.
Segundo o The Wall Street Journal, em 2006, Bloomberg rejeitou uma proposta parecida, alegando que não estava convencido sobre seus benefícios. Mas ele acabou mudando de ideia quando a secretaria de Saúde o informou que 20 000 estudantes de escolas municipais eram fumantes e que 80% dos consumidores de cigarro de Nova York haviam começado a fumar antes dos 18 anos.
Quando aprovaram a lei, os vereadores de Nova York fizeram apenas uma concessão ao votar a proposta: retiraram um artigo que previa a proibição da exibição das carteiras de cigarro nas lojas. Tal medida foi alvo de críticas de comerciantes, que afirmaram que ela prejudicava as vendas.
Embora elogiada pelos legisladores, a nova lei também gerou críticas de especialistas de segurança, que apontaram que ela vai favorecer o comércio ilegal de cigarros. Segundo a ativista Audrey Silk, que chefia um grupo de fumantes que é contra as restrições ao cigarro, a nova lei é hipócrita e paternalista. "Imaginem uma lei que afirme que pessoas entre 18 e 20 anos são estúpidas. É isso que a Câmara Municipal fez”, disse ela em um comunicado.
Desde que Michael Bloomberg assumiu a prefeitura, Nova York tem imposto uma série de leis para combater o fumo. Em 2003, a cidade aprovou a proibição do consumo de cigarros em bares e restaurantes. Em 2011, foi a vez de banir os cigarros de parques, praias e praças. A cidade também mantém uma das taxações do produto mais pesadas do país. 

 Veja.com

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