N a boca de uma criança saem aproximadamente 300 perguntas por dia.
Algumas são relacionadas a vontades momentâneas, bastando um “sim” ou
“não” para dar fim ao questionamento, enquanto outras caracterizam
dúvidas cotidianas. Entretanto, uma série de interrogações exige
resposta bem pensada, pois aborda assuntos delicados que se não
explicados corretamente, podem influenciar o pequeno a ideologias
extremas. Homossexualidade, religião e sexo são temas recorrentes e que causam
grande desconforto aos pais e demais familiares. Mas, como responder? A
psicóloga Luzimari Dantas, do Hapvida Saúde, orienta a limitar-se a
responder o que foi perguntado.
E deixem que eles surjam com a
indagação. “Não precisa elaborar uma historinha sem pé nem cabeça para
justificar algo. Basta responder com naturalidade, falando sempre a
verdade. A criança se contenta e o pai, que é figura de referência, não
vai precisar mentir”, recomenda ela.
“O que é gay?”. “Porque existem pessoas em cores diferentes?”. “O que é
sexo?”. “Deus existe?” são alguns dos questionamentos mais comuns
proferidos, na grande maioria das vezes sem qualquer malícia, na pura
inocência. E elas surgem próximo do quinto ano de vida, quando a
percepção passa a ser maior e a compreensão não acompanha. “Fugir da
resposta também não é alternativa. Quando os pais dão atenção e
importância aos questionamentos, conquistam uma relação saudável com o
filho, de abertura, de confiança, que pode ser benéfica no futuro”,
orienta Luzimari, lembrando que os filhos devem enxergá-los como
melhores amigos. A dica da psicóloga do Hapvida é prática: esclarecer, sem passar juízo
de valor. “É preciso tentar resolver, inicialmente, a situação dentro de
si. Se o pai encara com preconceito, numa ideia pré-concebida, a
criança também vai encarar dessa maneira. Explique sem tomar partido.
Deixe que o filho entenda o porquê mais adiante, mas com suas próprias
opiniões”, continua. “Brigar não adianta. Jamais force o outro a aceitar
sua opinião”, completa ela.
A mídia é uma grande incitadora de questões sociais que são encaradas como problema e, quando se transformam em perguntas, deixam os pais em situações embaraçosas. Recentemente, o beijo gay na novela causou barulho; as manifestações de adolescentes em shoppings centers, chamadas ‘rolezinhos’, foi assunto por semanas em todos os meios de comunicação. É difícil, porém possível controlar o acesso aos conteúdos inadequados à idade. Se as emissoras não o fazem, o responsável, como autoridade máxima em casa, deve fazê-lo, vigiando a programação da TV e os cliques no computador.
“Um problema só será um grande problema para a criança se os pais fizerem dele um grande problema”, defende Luzimari, que finaliza sugerindo calma e descontração no momento. “Não há com o que se preocupar. Melhor que eles perguntem em casa do que na rua, a desconhecidos”.
Jornal de Fato / Coluna Mulher
A mídia é uma grande incitadora de questões sociais que são encaradas como problema e, quando se transformam em perguntas, deixam os pais em situações embaraçosas. Recentemente, o beijo gay na novela causou barulho; as manifestações de adolescentes em shoppings centers, chamadas ‘rolezinhos’, foi assunto por semanas em todos os meios de comunicação. É difícil, porém possível controlar o acesso aos conteúdos inadequados à idade. Se as emissoras não o fazem, o responsável, como autoridade máxima em casa, deve fazê-lo, vigiando a programação da TV e os cliques no computador.
“Um problema só será um grande problema para a criança se os pais fizerem dele um grande problema”, defende Luzimari, que finaliza sugerindo calma e descontração no momento. “Não há com o que se preocupar. Melhor que eles perguntem em casa do que na rua, a desconhecidos”.
Jornal de Fato / Coluna Mulher
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